O papel do educador diante das dificuldades de aprendizagem
Inclusão, uma palavra muito citada na atualidade, mas não colocada realmente em prática. O motivo não é porque o professor ou a escola não quer fazer, falta conhecimento, falta informação adequada e uma linguagem clara. A formação inicial do educador não prevê, em sua totalidade, que, no caminho da docência, este receberá crianças com dificuldades escolares e como atuar com as mesmas.
As salas de aula estão repletas de crianças com variadas dificuldades que necessitam de um olhar diferenciado e uma mudança, mesmo que seja de afeto. Assim, o professor poderá oferecer aos seus alunos um espaço mais acolhedor. Assista abaixo uma matéria sobre o trabalho de crianças especiais nas escolas.
1) O que é educação inclusiva?
Partimos do princípio que todo sujeito necessita de inclusão em determinado momento de sua vida, seja porque está passando por um momento familiar complicado, ou porque quebrou a mão e precisa que alguém escreva por ele, ou faça prova oral, dentre outras situações que é necessário adequar o ambiente ou os objetos para que o aluno possa alcançar determinado objetivo. Para este tipo de inclusão não é necessário laudo médico ou indicação terapêutica, a própria escola tem a autonomia de auxiliar o mesmo.
2) Que tipos de crianças fazem parte desse grupo?
Todas as que necessitam de apoio em determinado momento da vida. Já a Educação especial, tem como seu público alvo: DEFICIÊNCIAS FÍSICA E INTELECTUAL, TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO, ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO.
3) As crianças com síndrome de down podem ser incluídas?
Sim, elas fazem parte do público alvo da Educação Especial e estão incluídos no grupo de DEFICIÊNCIA INTELECTUAL. Devem receber apoios e adaptações necessárias ao seu desenvolvimento, respeitando seu tempo de alfabetização e aprendizagem, Plano Educacional Individualizado e se necessário, Mediador.
4) Qual a grande dificuldade que a escola encontra para lidar com a inclusão?
O preparo dos profissionais da escola, não só o professor, mas todos os que auxiliam em seu trabalho.
5) Qual a dica que você daria para facilitar o relacionamento com a família?
Criar uma rede de apoio e ampliar as trocas com terapeutas, família e médico. Isso vai facilitar o olhar deles também através da escola e a troca vai sempre melhorar o nível de desenvolvimento do aluno.
6) Qual o tipo de apoio que a Criar Recriar oferece as escolas?
A Criar está nas escolas com o apoio geral de inclusão, acolhimento aos pais e profissionais da escola, Formação continuada, Reuniões de pais, triagem doa alunos para avaliar dificuldades e ampliar adaptações, apoio na montagem dos materiais, montagem junto ao corpo docente do PEI e das documentações exigidas para real inclusão.
Por Michele Joia
Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e institucional, Educadora Especial, especialista em autismo, qualificada ABA. Professora e orientadora de pós-graduação na área de educação inclusiva. Palestrante na área de Saúde e Educação. Atua em consultório com crianças com dificuldades especiais. Coordenadora do SOP – Serviço de Orientação Psicopedagógica para crianças com necessidades educacionais especiais em escolas particulares. Gestora das empresas CITV e Criar Recriar – Prevenção e Promoção de Saúde na Educação.